quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Carbono e virtual – Átomos e bits


Constantemente me refiro as pessoas, lugares ou qualquer coisa ligada ao mundo real – ou seja, fora do virtual, fora da internet – como carbono. Quanto a internet – redes sociais, email, comportamentos online – como virtual.

A ideia é simples: uma brincadeira entre o que acontece no mundo físico e o que acontece no mundo virtual.

Recentemente li um livro onde o autor também faz referência a estas duas estâncias tão parecidas e tão distantes, referindo-se como “Átomos”, para o real e “bits” para o virtual. O livro chama-se: “Free: The future of a Radical Price” by Chris Anderson – ou “Grátis: O futuro de um preço radical” numa tradução aproximada.

Aproximada pois o próprio título permite um trocadilho em inglês por que a palavra pode significar tanto “livre” quanto “gratuito” e é exatamente essa uma das questões associadas ao livro e a teoria do autor.

Durante os próximos posts, meu esforço será em conversar um pouco sobre a teoria de Chris Anderson e também fazer algumas observações sobre os pontos apresentados no livro. Neste meio tempo, também vou me dedicar a fazer uma tradução do livro na integra – qualquer um que possua um link para o livro, por favor, coloque nos comentários – e disponibilizo o link para download aqui mesmo no blog.

Todos aqueles que estiverem interessados no assunto são bem-vindos, mas vamos atentar para as seguintes condições:

1 – O livro “Free: The Future of a Radical Price” está disponível gratuitamente na versão de audiobook diretamente do Itunes da Apple ou aqui! - Ou na barra lateral deste blog - recomendo full view mode.

2 – Farei sempre comentários e referências a passagens do livro, portanto se tiver interesse, busque na internet a melhor forma de ler ou ouvir o livro, vale à pena!

3 – O trabalho é de propriedade de Chris Anderson e em momento algum pretendo tomar os créditos da obra ou da teoria/discurso como meu – isso significa que, se em algum post ou passagem eu esquecer de fazer referência ao autor, me perdoe e me corrija, sou humano ;)

4 – Não iremos tratar de verdades absolutas: Sua verdade é tão real quanto a minha, você tem o direito a exemplificá-la, atestá-la e comprová-la, mas lembre-se: É sua verdade! Assim, se os ânimos se esquentarem e partirem para caminhos pouco... digamos... ortodoxos... os comentários serão deletados.

Assim, espero poder contar com a participação de todos.

Amanhã já tem texto por aqui para conversarmos!
(É uma promessa!)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Redes, Profetas e Gerentes


O que são Redes Sociais?

Definições não faltam. Experimente buscar no Google ou Wikipedia o um único conceito de rede social e verá que entre muitas, você pode concordar com mais de uma delas.

Uma rede social pode vir de plataformas digitais – Orkut, Facebook, Linkedin – ou ter seu formato mais orgânico – Família, Bairro, Condomínio. E, em qualquer uma dessas “plataformas”, sempre haverá o que podemos classificar como “profeta” e “gerente”.

Vamos ver a plataforma “Família” como exemplo:

Em uma família, independente do tamanho de seus componentes, sempre existe um ou mais indivíduos que vão gerenciar o rumo daquela “rede”. Sempre haverá alguém que dirá: “Nossa família seguira um modelo X ou Y... não será permitido este ou aquele comportamento dentro dos membros de nossa família”. Sendo assim, o conjunto de regras para a utilização daquela “rede social” vai se construindo.

Da mesma forma, existem “profetas familiares” que dirão o que este ou aquele indivíduo fará baseado em seu passado ou com olhar em seu “futuro”. Quase sempre, esses indivíduos são considerados experientes... Mas nem sempre o que é profetizado ocorre.

Isso ocorre por que a experiência, a vivência em rede, é uma ocorrência individual, única e por melhor documentada que esteja, ainda assim é exclusiva para um indivíduo. É como passar nossa experiência “de pai para filho”. Não necessariamente o que me fez bem, fará a meu filho ou a outro indivíduo qualquer. Mas a regra diz claramente que minha experiência deve ser compartilhada, experimentada, vivenciada e documentada. Em lugar nenhum está escrito que será uma Verdade Absoluta.

Tanto os Profetas, quanto os Gerentes de Redes sociais se esquecem do fator de apropriação tecnológica que é exclusiva, é individual, é única embora possa ser compartilhada, consultada, afiliada. Por isso, na internet, o numero de profetas e gerentes tende a crescer, assim como em uma família unida – ou não – onde uns zelam pelos outros ou pela própria unidade familiar – a Rede em si.

Uma rede social pode ter múltiplos objetivos, sem que os participantes sequer percebam. Objetivos estes oriundos de cada participante. Ao mesmo tempo, essa mesma rede pode ter um objetivo pré-acordado entre seus componentes e ainda assim, por mais esquizofrênico que isso possa parecer, o objetivo final, uma vez alcançado, surtirá efeitos completamente diferentes em cada indivíduo daquela rede.

Tudo isso ao mesmo tempo significa que:

Gerentes e profetas têm seu grau de importância, mas estes não são a verdade absoluta.

As redes são organismos vivos, imprevisíveis, mutáveis, inconstantes e assim sendo, não há como determinar seu inicio, meio e fim, assim como seu propósito absoluto ou seu objetivo real.

Uma boa rede deve ser simplesmente vivida, deve ser observada, deve ser coletiva, aberta, mas ao mesmo tempo respeitada com costumes, tradições, objetivos e realizações. A força de uma rede vem da multiplicidade individual de seus componentes, da forma com que lidam com seus pares e seus adversos. Como cada um, dentro daquele grupo, respeita e recebe a diferença do outro, sem a necessidade de arbitragem entre ou contra outras redes.

Como uma família, com seus costumes, métodos, objetivos e regras, sempre existirá um gerente para tentar formatar da melhor forma possível aquela convivência e sempre haverá um profeta que dirá pra onde vão, ou o que acontecerá, mas, famílias não se intrometem em outras famílias através de imposições, mas sim de conversas e aceites. Entre observações e tolerâncias. Elas não devem competir em seus “modelos”.

Vivenciar uma Rede Social é perceber que assim como as redes orgânicas, podemos tentar dirigir e profetizar, mas o nascimento de cada indivíduo é único, imprevisível, incontrolável e o grande segredo é como iremos nos aproveitar e acolher aquilo que não podemos dirigir e não podemos profetizar suas decisões e como essa diferença nos fará mais forte e inteligente.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

De quem é (e por que) a responsabilidade pela Inclusão Digital.


É de todos!

É sua, minha, do vizinho... das escolas, hospitais, prefeituras, governos... empresas privadas, ONG's, todos nós.

Claro, como não dizer: Morre Michael Jackson.


O que fica agora é dever de casa, para assimilarmos, para concluir, aprender e atentar. É o que mostra um caminho futuro que já começou a ser caminhado e que não tem mais volta. O dever de observarmos com atenção os acontecimentos e legitimarmos não só “como” mas também “pra onde” vamos. Quais são os valores a serem seguidos, quais as ferramentas para legitimar algo, para validar, e como vamos aproveitar esse novo caminho.


A cena na tv é muito diferente da que eu esperava. Minha vida inteira imaginei como seria quando ele partisse. Pouco mais de 50 pessoas em frente ao hospital. Simultaneamente, milhares e milhares de pessoas, ao redor do mundo comentam: “Michael Se foi...”, “MJ, we miss you...”, “Astro Pop morre de parada cardíaca” entre outros títulos. Google encara a enxurrada de informações como um ataque em massa... e o Twitter, que já não vinha muito bem desde sua subta expansão, seguido pelos últimos acontecimentos no Irã, também sucumbe. A baleia sendo levada pelos pássaros foi vista por milhares de usuários ao redor do mundo.


A tarefa agora é entender por onde a informação está passando. É verificar o altíssimo grau de importância e legitimidade que se dá as notícias, posts em blogs, twitter, qualquer forma de expressão virtual.


Assim, nossas falas e ações de inclusão Digital se tornam responsabilidade de todos, pois é lá que a informação está, é lá que as trocas e conversas estão acontecendo e é lá que a vida acontece diariamente. Não que o universo de carbono deva ser deixado para trás, afinal, ele (MJ) era real, mesmo em sua busca constante de alterar seu “avatar de carbono” - Exatamente com a mesma prática que muitos usuários tem de modificar seus perfis, imagens e avatares digitais...


É nossa responsabilidade colocar a todos que conhecemos, dentro desta rede. Dentro deste local de conversa, dentro deste bazar louco e cosmopolita, que encontra caminhos inusitados para vencer as barreiras físicas da informação, em busca de levar uma verdade. Qualquer verdade.


E por ser qualquer verdade, também nos resta aprender a filtrar a informação, a discernir o certo do errado, o real da fantasia, o fato e o mito.


Inclusão Digital é inclusão social, numa esfera tão ampla que apenas quem inclui e quem é incluído podem vislumbrar, ainda que por um instante, a sua total dimensão e ainda assim, lhes falta campo de visão.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Twitter como Personal Banner


Dentro da internet, em quase qualquer pagina, quase qualquer lugar, lá estará ele. Como os antigos outdoors, que lutamos tanto pela sua derrubada. Rápidos, com poucas palavras, e nos levando para algum lugar: o famoso Banner de Pagina.

Twitter, identificado a primeira vez como um microblog... Um conceito de blog de poucas palavras. Algo como aquelas antigas caixinhas com cartõezinhos de frases bacanas, provérbios ou salmos da "casa da vovó".

O que fazer? Como explicar em 140 toques o que é o twitter? É uma rede social, só por que é possível associar-se através de identificações de quem são os carbonos que você conhece? Ou por que você pode fazer parte de algum canal ou movimento simplesmente adicionando # ? Ou talvez por que ele te leve a "seguir" pessoas que você não conhecida e que foram indicadas pelos seus amigos...

É um super banner por que pode, em poucas palavras, levá-lo a um lugar que não necessariamente era o que você imaginava? Ou talvez por que ele faça “propaganda” de alguma coisa ou alguém como se você realmente “consumisse” ou “compartilhasse” aquele pensamento?

Hoje até discuti com uma das entidades de carbono mais citadas pelo mundo virtual tentando entender a lógica da simples repetição seca. Ele defendeu a cultura de conversações, mas não entendi muito bem o que ele queria dizer. Ele disse algo como "... a redundância em exagero nos leva a incomunicabilidade..." e ele é um dos caras que mais repete frases dos outros (dando sempre o crédito, claro) mas eu queria a opinião dele... acho até que essa frase é de um carbono conhecido como Arnold Hause... nas eu não tenho certeza, só tenho a internet.

Como velhas propagandas nazistas jogadas dos aviões onde as pessoas carregavam junto a elas para casa e, por medo de serem mortas, muitas vezes repetiam os dizeres ou entregavam a outros como “sinal partidário”.

Repetir sem questionar, opinar ou direcionar é como o copiar e colar de uma maquina programada para “fazer parte”.

Repetir simplesmente é como falar, mas não se responsabilizar pelo que foi dito.

É como atestar a existência da terra quadrada por medo da santa inquisição.

É o que fazemos ao imitar nossos ídolos ao invés de suas ideologias.


E o twitter vem servindo como esse “personal banner”, dentro de uma lógica de rede social onde ainda se repara em “Quem se segue” e não “O que é seguido”.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Valorização, dependência e vida digital

Pausa:

Passei o dia inteiro querendo blogar, querendo falar, querendo opinar, dizer, criticar ou elogiar... querendo expressar. Nada veio a mente. Nada. Um mundo acontecendo indiferente a minha opinião. Simplesmente seguindo seu curso natural, simplesmente existindo, acontecendo. E o que é pior, acontecendo como sempre, enquanto eu, você, o Obama e o Mahmoud Ahmadinejad habitávamos a mesma terra e, matemáticamente, somos só uma estatística...

Essa verdade me corroeu. Corroeu não só pela falta de habilidade de falar sobre algo, não só pelas atribuições do cotidiano consumirem meu tempo, mas por uma preocupação que se quer sei ser real: Você.

Me dei conta que preciso manter um certo rítmo para falar, para escrever, para me expressar. Me dei conta de que faço isso não só por mim, não só pelas ideias e observações me sufocarem e precisar de um lugar para me desafogar, mas por que imagino, no meu delírio, que você está lendo, observando, acompanhando, criticando, concordando, simpatizando ou me odiando. E senti que isso vai de encontro com tudo aquilo que não acredito...

Hoje, não vou falar em metáforas. Não falarei sobre a vida do carbono nem a loucura da holografia, do virtual, mas falarei sobre o hábito. (ele está tanto no físico quanto no virtual, afinal, o virtual somos nós).
Conversei com uma pessoa que tive (tenho, acho) e terei divergências eternas, o que me é sempre motivação, pois aprendo mais do que nunca, sobre o que fazer. Me aconselhou pensamentos, me direcionou, mas não sou tão avançado ou simplesmente tão competente ou tenho conhecimentos para falar sobre o tema.

Sai, almocei, observei como sempre, as mesmas coisas, as mesmas fontes de inspiração, lí, comentei, twittei e mudei minha opinião sobre atos e pessoas que ja rederam postagens aqui... Nada.

Ao final, fui ao bar, tomei cerveja, conversei, ri, ouvi, aprendi, reclamei, amei...

Posso dizer que estou com muitas ideias e aprendi que:

Existe um momento que é feito para a observação, para ouvir ou simplesmente para desconectar.

A quem esperava algo mais, minhas desculpas. Para outros, um conselho: Desliguem! Logo estarei de volta...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Inclusão Digital: Precisa ser mais barato...


A internet é um universo infinito de possibilidades: Para o bem, o aprendizado, o aprimoramento, ou para o Mal, a difamação, o ataque, o enriquecimento ilícito, o golpe etc...

Vale lembrar sempre que a regência de todo esse universo é de todos nós. A responsabilidade é de toda unidade de carbono que possui um avatar correspondente nesse novo universo. A internet é nossa! A internet sim é “brincar de Deus” na famosa expressão. Um universo complexo, vasto, infinito e que é comandado por uma consciência quase coletiva, potencialmente onipresente.

Dito isso, vamos pensar no tema Inclusão Digital, que nada mais é do que mais uma das promessas positivas deste universo comandado pelo carbono. A idéia de Inclusão digital, a grosso modo, é colocar todos os seres de carbono em uma mesma medida de possibilidades, diminuindo assim as diferenças e fortalecendo o desenvolvimento do conhecimento humano.

Lembrando que, a tal “internet” é dirigida, comandada, desenhada, aperfeiçoada e mantida por você, eu e todos os outros seres de carbono com um avatar, então para que esse universo atinja sua máxima, seria necessário que cada carbono da terra tivesse seu(s) avatar(es) na rede. Existe sim o plural pois mesmo em sociedade, muitos optam pela pluralidade de suas representações físicas, então por que haveria de ser diferente na web?

Um dos problemas que enfrentamos hoje para que a Inclusão Digital seja efetiva, real e absoluta são os altíssimos valores do acesso a internet. Outro problema é o custo das ferramentas, ou seja, dos aparelhos que nos permitem transformarmos nossas entidades de carbono em seres digitais. Entre outros tantos, existe um problema que só pode ser vivenciado fora da internet – a (in)cultura da crença que somente usamos uma ferramenta qualquer SE formos capacitados, treinados, cursarmos uma entidade a qual nos mostre como utilizar determinada ferramenta. A ideia de auto-aprendizado é tabu na sociedade de carbono.

O mais interessante é que esperamos, através da internet, colocar a cultura ao alcance de todos para que estes “beneficiados” busquem aquilo que desejarem e se aprimorem de maneira positiva, compartilhada e vivenciada.

Este exemplo só pode ser vivenciado por uma cultura menos apreensiva quanto a impossibilidade do auto-aprendizado, uma cultura onde podemos ter valores justos de acesso – não necessariamente a mais barata, mas não tão ofensiva quanto a nossa (Brasil), e que está disposta a não ignorar o passado de uma pessoa, mas também não lhe “retira créditos” por acontecimentos ruins na vida.

Em termos de telefonia, é possível se ganhar muito dinheiro no Brasil SEM a necessidade de caríssimos pacotes de dados ou conexões a custos altíssimos, apenas concentrando-se na base de assinantes de celular ou na própria base de assinantes de telefonia fixa. Em outras palavras: Ganhar muito, cobrando pouco, para muita gente.


Estamos economicamente TODOS sujeitos a possibilidades infinitas.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O carbono e o Campo-minado


Uma analogia, uma tentativa de ilustrar nossa visão e comportamento nas redes sociais.

Todo mundo deve conhecer, já ouviu falar ou jogou “campo minado”, ou Minesweeper, certo? Até por que ele está presente em quase todos os sistemas operacionais que existem.

Vamos imaginar:

O Jogador – São as pessoas, as unidades de carbono que comandam, controlam e compõe a rede MAS, nesse cas, são apenas observadores.

O Campo – Uma interface de uma rede social qualquer, seja Orkut, Facebook, Linkedin ou qualquer outra que lhe seja familiar, agradável ou simpática.

Os quadrinhos Não clicados - Possibilidades. São pessoas, indivíduos, outros avatares na infinita rede que podem estar contidos naquela rede social representada pelo campo.

Os quadrinhos clicados COM NUMEROS – Indiferente do valor, ele representa um avatar o qual você se conectou através da rede social escolhida. Quanto ao valor do numero, quanto maior, maior o grau de credibilidade que VOCÊ atribui a ele que, por sua vez, indica possíveis avatares os quais podem vir a ser prejudiciais.

Os quadrinhos com minas – representam potenciais conexões, avatares ou perfis potencialmente danosos, negativos ou de má indole.


Terminado o jogo – você ganhou!


Observe que os números permanecem lá. Existem casas (avatares) que você clicou e que simplesmente sumiram, revelando espaços abertos. A este fator, diremos que são usuários da rede, os quais você tem chance de estabelecer conversas pelo simples fato de participarem da mesma rede mas que não estão necessariamente ligados a você ou que não trocaram conversas, não construiram informação, pelo menos não diretamente com você.

Você tem mais quadrinhos com numeros OU minas? Se você ganhou a resposta é: Mais numeros. As minas, geralmente, representão apenas 10% do mapa (que pode ser customizado, conforme sua vontade).

Nessa análise, isso quer dizer que você tem muito mais possibilidade de bons contatos do que “minas” ou “maus contados”. Também indica um número muitas vezes maior de possibilidades de estabelecer novos contatos a partir do zero, sem saber se será uma “mina” ou não.

As minas existem. Avatares ruins também. Mas assim como nas redes sociais “virtuais”, na sua vida real você também possui infinitas possibilidades de esbarrar em uma unidade de carbono minada. E mesmo assim, a definição de “minada”, em uma unidade de carbono dentro do mundo virtual, é atribuida por analises de pessoas que não necessariamente os conhecem.

Como na vida real, hoje estamos observando os “perfis do orkut” procurando pelos “avatares minados”, dando muito valor aos avatares numerados sem sequer conhecermos – sim por que, cada partida é única para cada jogador e representa sua própria rede social em contextos e formatos que somente ele poderá explicar.

Temos medo de nos linkarmos a “avatares velhos de infância”, ou melhor dizendo, a antigos amigos que nos fazem a diferença no universo de carbono, mas que dentro dessa nova “rede social digital” ele é aos olhos de outros, potenciais “minas”.

Veja bem – ainda assim, temos mais numeros do que minas, mais possibilidades desconhecidas do que minas... por que só reparamos nelas? Por que escondemos os não tão famosos na realidade virtual e ficamos apenas com os bonitinhos? Os inteligêntes? Os descolados? E aquele monte de outros que nem sequer estabelecemos contato, só seguimos pra dizer: “olha, como sou bacana; eu SIGO fulano-de-tal”. Onde está nossa cara quando dizemos: “Aff, desculpa, mas seguir aquele avatar (aquela unidade de carbono) é muito mico... ele nem tem tantos seguidores” mas no final do dia, lá está você sentado no balcão do happy hour, ouvindo piadas engraçadas, com esse mesmo avatar.

Gostaria que as pessoas olhassem mais para este jogo chamado “rede social” e decidissem como querem jogar. Eu voto por adicionar meus amigos não-tão-descolados, os feios, os meio chatos, os burrinhos, e afins... e tô fora de gente que eu não conheço, não concordo ou não entendo.


Esse é meu jogo, é assim que quero jogar.

Gera, valeu pela breja e pela reflexão ;)