terça-feira, 24 de abril de 2007

Velhas Fórmulas de Sucesso Vs. Novas Tecnologias (pt2)

Comédia, sátira, piada, caricatura...

...Exclusão digital, desigualdade social, analfabetismo digital.

Ignorância? Medo? Falso Moralismo? Ética? Política? Estética? Preconceito? Discriminação? Felicidade? Fama? Tecnologia? Oportunismo? Coragem? Vida? Realidade? cyber-bullying? ....?


Quantos são os adjetivos que circulam atualmente o vídeo Fala, Sônia no Youtube? O que isso quer dizer? Qual o real motivo desta discussão?

Seria outro que não o medo de novas tecnologias? Não é mais preciso estudar técnicas de filmagem, roteiro e iluminação para fazer um vídeo com mais de 500 mil visitas. Não é mais necessário estudar os grandes cineastas e observar atentamente suas técnicas inovadoras e figuras de linguagem para produzir um sucesso. A internet abrange todas as esferas acadêmicas que se possa conceber. Estariam as unidades de carbono com medo de invalidar pequenos pedaços de papel, conquistados ao longo de quase 20 anos em uma ou mais instituições de ensino?

Ou talvez seria o poder que a ferramenta exerce sobre nós, quando, sem querer, expõe tão intensamente nossas feridas sociais? Será que agora, toda essa tecnologia nos dá números e fatos tão reais que não podemos mais ignorar? Hoje, através da internet, podemos acompanhar cada tiro de uma guerra, em tempo real. Hoje, temos o resultado de uma eleição com mais de 125,9 milhões de eleitores em questão de dois a três dias, graças a tecnologia. Informática e Internet estão hoje, sem nenhuma sombra de questionamento, abrangendo TODAS as esferas do pensamento humano.

Onde vamos chegar com esta discussão? Resolveremos todos os problemas do mundo? Seremos uma sociedade muito mais civilizada e consciente? Ou será que vamos ter uma postura de repulsa, medo e vergonha dos nossos erros?

Podemos ficar debatendo por horas a fio, o que devemos fazer som a pessoa que produziu o vídeo em questão, nos ater as questões que permeiam o assunto e culpar uma ou duas pessoas sobre este terrível acontecimento de extremo mau gosto.

Podemos também rir copiosamente e espalhar como uma doença altamente contagiosa para todos os nosso amigo e colegas, utilizando a internet, para coletar, em questão de segundos, risadas o suficiente para ensurdecer um país inteiro.

As Unidades Lógicas de Carbono irão perecer, surdas e impotentes com o poder e a velocidade dos espíritos-de-porco digitais.

Os abissais ícones digitais terão suas asas cortadas e castradas pela ditadura e regime frio de Carbono.

Todas essas possibilidades existem, são possíveis, são reais como você, eu, e todos os outros.

Todos nós temos erros. Todos nós temos falhas, locais e esferas do conhecimento. Eu, por exemplo, tenho um português realmente sofrível. Nunca prestei atenção nas aulas de português, nunca gostei mesmo das regras gramaticais, da quantidade de informações que eu tenho que acumular, só pa dizer, muitas vezes, uma simples frase. Mas, hoje eu tenho o MS Word, o Babylon, e tantas outras ferramentas de correção ortográfica. Mas antes, eu sempre tive amigos. Sempre tive alguém que pudesse me ajudar a superar a essas assim chamadas "deficiências". E ainda os tenho. Conto com pessoas, no meu trabalho, que me auxiliam, em todos os meus textos, de chefa, a estagiária, as quais posso contar. Não precisei fazer faculdade de letras assim como elas não fizeram cursos e mais cursos de informática para auxiliá-las a configurar o Netvibes, desenhar algo no Corel, alterar uma imagem no Adobe Photoshop.

Posso dizer que hoje, a internet está muito mais próxima da minha realidade de carbono do que antes. Sempre utilizei a colaboração de outros. Sempre colaborei. Sempre procurei respostas para o que eu queria, o que eu me interessava, e sempre fui abordado com as questões de outros que achavam minha opinião ou formação válida. Nada de papéis, famílias, tradições.

A única diferença, que ainda existe, é que no carbono, quando meus amigos tropeçam e caem no chão, eu ainda me mato de rir, e quando volto a "respirar", estendo a mão para ajudá-los, ao invés de debater e tentar estabelecer pensamentos filosóficos complexos sobre "devo ou não rir", enquanto ele continua caído no chão.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Observando o carbono e o digital

Cyber-Bullying, Superexposição, Direitos Autorais, Direitos Humanos, Violação de condulta, convívio em sociedade.

Termos presentes hoje, mais de uma vez por dia, nos rádios, revistas, programas de tv.

A vida no paradigma do carbono se tornando mais dura, mais fria, com leis como a lei Cidade Limpa visando melhoria da " poluição visual" e o bem estar do cidadão paulista .

As pessoas, com cada vez mais "cultura e conhecimento", se filiando cada vez mais a movimentos como " vegetarianismo", pregando o "software livre" e a " produção colaborativa".

Coisas boas, coisas ruins... mas vamos caminhando.

Já, na infoEra, no Universo digital, no mundo holográfico...

Google implementa cada vez mais e mais formas de distribuir corretamente seus anúncios, agradando a leitores e anunciantes.

Cultura é debatida livremente, com fóruns e até mesmo encontros fora da holografia.

Comunidades no Orkut com mais de 1 milhão de participantes.

O software livre dá um banho em seus "evangelistas" permitindo grandes marcas na fisl.

Produção colaborativa acontece cotidianamente, até mesmo enquanto escrevo este post e peço informações aos meus conhecidos.

Tenho o hoje a impressão de que, mais uma vez, a internet está um passo à frente das "Unidades de carbono", pois seus padrões comportamentais e suas falhas de lógica se resolvem com tempo, sem desespero, sem a necessidade dos 15 minutos de fama.

Os humanos continuam a perder tempo, fazendo muito barulho por nada...

Tudo isso por um espaço de visibilidade, enquanto na internet todos parecem estar cientes de que têm seu espaço garantido, e de que entraram e usufruíram deste... mas somente se assim desejarem.