quarta-feira, 17 de junho de 2009

Valorização, dependência e vida digital

Pausa:

Passei o dia inteiro querendo blogar, querendo falar, querendo opinar, dizer, criticar ou elogiar... querendo expressar. Nada veio a mente. Nada. Um mundo acontecendo indiferente a minha opinião. Simplesmente seguindo seu curso natural, simplesmente existindo, acontecendo. E o que é pior, acontecendo como sempre, enquanto eu, você, o Obama e o Mahmoud Ahmadinejad habitávamos a mesma terra e, matemáticamente, somos só uma estatística...

Essa verdade me corroeu. Corroeu não só pela falta de habilidade de falar sobre algo, não só pelas atribuições do cotidiano consumirem meu tempo, mas por uma preocupação que se quer sei ser real: Você.

Me dei conta que preciso manter um certo rítmo para falar, para escrever, para me expressar. Me dei conta de que faço isso não só por mim, não só pelas ideias e observações me sufocarem e precisar de um lugar para me desafogar, mas por que imagino, no meu delírio, que você está lendo, observando, acompanhando, criticando, concordando, simpatizando ou me odiando. E senti que isso vai de encontro com tudo aquilo que não acredito...

Hoje, não vou falar em metáforas. Não falarei sobre a vida do carbono nem a loucura da holografia, do virtual, mas falarei sobre o hábito. (ele está tanto no físico quanto no virtual, afinal, o virtual somos nós).
Conversei com uma pessoa que tive (tenho, acho) e terei divergências eternas, o que me é sempre motivação, pois aprendo mais do que nunca, sobre o que fazer. Me aconselhou pensamentos, me direcionou, mas não sou tão avançado ou simplesmente tão competente ou tenho conhecimentos para falar sobre o tema.

Sai, almocei, observei como sempre, as mesmas coisas, as mesmas fontes de inspiração, lí, comentei, twittei e mudei minha opinião sobre atos e pessoas que ja rederam postagens aqui... Nada.

Ao final, fui ao bar, tomei cerveja, conversei, ri, ouvi, aprendi, reclamei, amei...

Posso dizer que estou com muitas ideias e aprendi que:

Existe um momento que é feito para a observação, para ouvir ou simplesmente para desconectar.

A quem esperava algo mais, minhas desculpas. Para outros, um conselho: Desliguem! Logo estarei de volta...

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